As festas de Natal e Ano Novo fazem com que muitas pessoas gastem mais do que podem nesta época e, consequentemente, comprometam o orçamento. Esse percentual é maior entre os intagrantes das classes C, D e E, segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Leia também: Receita paga hoje último lote de restituições do Imposto de Renda 2018
O levantamento aponta que 19% dos consumidores costumam gastar mais do que podem com as compras de Natal
, valor maior entre as mulheres, quando salta a 23%, e nas classes C, D e E, com 22%.
Além disso, a pesquisa indica que 5% dos brasileiros que vão presentear no Natal pretendem deixar de pagar alguma conta para fazer suas compras de fim de ano, outros 5% devem deixar para depois algumas despesas para realizar as comemorações de Natal e novos 5% para participar das festas de Ano Novo .
Entre as principais contas que devem ser postergadas pelos consumidores natalinos estão: TV por assinatura (20%), cartão de crédito (16%), internet (16%) e água e luz (8%).
Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, ressalta que resistir aos excessos de consumo é essencial, alertando para o risco da inadimplência , sobretudo com as despesas do cartão de crédito.
“Embora o Natal seja uma data tradicional, as pessoas precisam ter cautela ao sair gastando sem controle. Vale dar atenção extra ao cartão e não deixar de lado o pagamento da fatura, que possui altas taxas de juros e pode comprometer o orçamento. Se não houver disciplina e organização, pode ficar difícil saber até mesmo o quanto foi gasto” destaca.
Você viu?
Leia também: Papai Noel deixa trono antes do fim do expediente e é vaiado em shopping de SP
Outros dados mostram que 28% dos consumidores (dos quais 69% estão com o nome sujo no momento) que vão comprar ou já compraram presentes neste ano possuem contas em atraso, valor que era de 34% em 2017.
Já 23% dos que compraram presentes em 2017 e vão presentear em 2018 ficaram negativados por causa das dívidas pendentes com as compras do fim do último ano, sendo que 15% permanecem com restrição no CPF e 8% limparam o nome. Entre os que souberam informar, o valor médio das dívidas responsáveis pela negativação foi de R$ 1.070,53.
“O ideal é não extrapolar os gastos e adotar um comportamento que esteja de acordo com sua realidade financeira. Se a pessoa acumula dívidas, assumir novos compromissos poderá piorar ainda mais este quadro”, avalia o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.
O especialista recomenda que seja feito um planejamento prévio, e “Elaborar uma lista com todas as pessoas a serem presenteadas, o valor a ser gasto com cada presente e dos preparativos para as comemorações é uma boa estratégia para evitar compras por impulso”, orienta.
Leia também: Por que a Black Friday não vai matar o Natal?
As compras de Natal ajudam a movimentar a economia e, em parceria com a Black Friday, que ocorreu em 23 de novembro neste ano, deve acelerar as vendas no varejo no último trimestre e auxiliar na criação de vagas (temporárias ou não) no Brasil.